Quando digitamos no Google “Mercado de Trabalho em Calgary” os resultados apresentam cenários preocupantes e desanimadores ou maravilhosos e encorajadores.
Quem está planejando imigrar logo se preocupa com a veracidade das informações, se confunde com a discrepância entre as fontes de pesquisa e acaba arriscando abandonar o projeto depois de incansáveis horas de dados desencontrados.
Para auxiliar nessa etapa de pesquisa dividimos o tema em três partes, sendo este primeiro post voltado para informações ATUAIS sobre o mercado de trabalho na cidade, um esclarecendo dúvidas frequentes daqueles que estão vindo e outro voltado para aqueles que estão planejando vir para Calgary para estudar.
Nos anos de 2009 e 2015 o Canadá enfrentou duas grandes crises devido à queda do preço do Petróleo, causando demissões em massa e grandes prejuízos em Alberta, a província mais afetada.
Cortes salariais, redução de jornada de trabalho e recolocação no mercado foram algumas estratégias para contornar o quadro, mas ainda assim é fato que milhares de trabalhadores foram afetados e viram, da noite pro dia, seu futuro profissional totalmente incerto.
Três anos depois o mercado na área de Petróleo e Gás está longe de ser o que era no passado mas encontra-se estabilizado.
Não existe a mesma demanda urgente que tanto atraiu pessoas de todos os lugares do mundo sonhando com um salário de seis dígitos anuais, no entanto há demanda por mão de obra especializada e crescimento em outras áreas.
Sempre ouvimos comentários como “enfermagem e engenharia no Canadá são certeza de trabalho” e nos preocupamos muito com a ilusão que essa afirmação pode causar.
Se por um lado são duas áreas que realmente oferecem perspectivas de estabilidade e planos de carreira é importante observar que são áreas muito amplas sendo umas com maior demanda que outras.
Além disso a formação no Brasil deve ser submetida a um processo de equivalência e sem isso o profissional não pode atuar legalmente no país.
Em alguns casos a equivalência é viável mas em outros pode ser que o caminho mais econômico e seguro seja a realização de outro curso superior no Canadá. Na dúvida vale a máxima de meus avós: quando a esmola é demais o santo desconfia!
Quem já participou de um processo de imigração conhece um pouco do mercado de trabalho no Canadá sabe que palavras como “fácil”, “rápido” e “simples” estão longe de fazer parte dessa etapa.
Existem na rede diversas pessoas que se referem ao processo de imigração ou ao mercado de trabalho em Calgary dessa forma, o que é, para dizer o mínimo, uma opinião irresponsável.
Mudar de país é, como sempre fazemos questão de frisar, uma EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL e deve ser encarada com seriedade e considerando as particularidades de cada imigrante.
Uma perspectiva realista é afirmar que a chave do sucesso no mercado de trabalho por aqui é o resultado de um trabalho árduo em um processo extenso e complexo.
Seja pela relativa facilidade na equivalência de diplomas ou pela diversidade de empresas de todos os portes com essa demanda, a área de TI vem apresentando demanda crescente e contratações através de “job offer” para candidatos que aplicam ainda no Brasil.
Claro que não basta ter formação na área, é necessário um nível de inglês avançado, um currículo atrativo e muitas horas procurando e respondendo anúncios de ofertas de emprego e cadastro em bancos de currículos.
Os setores de hotelaria, agronegócios e engenharia mecânica vêm apresentando um crescimento considerável e são algumas das novas apostas da província de Alberta.
Para aqueles que pretendem imigrar em 2019-2020 através de um college ou faculdade esse é o momento de pesquisar mais sobre essas áreas, considerando o cenário para os próximos cinco anos.
Três anos após a crise o mercado se reinventa, se reorganiza e oferece novas perspectivas.
Para aqueles que quiserem trabalhar duro e caminharem com os pés no chão Calgary ainda é uma cidade cheia de oportunidades!
VEJA TAMBÉM: Imigrando com seu pet
Quer saber mais sobre o mercado de trabalho em Calgary? Deixe sua dúvida nos comentários que responderemos em breve.
Por Lia Pereira.